sexta-feira, 10 de julho de 2009

Eu Chovo

Pela fresta, corre um mundo em dilúvio. Uns se procuram, outros se acham. Raro encontro de almas. Caminham retos e estranhos. Se esqueceram de olhar, olhar nos olhos...mal sabem onde pisam. E vagam por aí, secos, se protegendo da vida com seus gurda-chuvas de aço. Seus olhos já não molham mais. E o mundo a exigir que fechemos as torneiras das casas, é tempo de racionamento de água. Pois que se abram as torneiras dos poros, eu quero chover como chovia antes.

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