sexta-feira, 10 de julho de 2009

Eu Chovo

Pela fresta, corre um mundo em dilúvio. Uns se procuram, outros se acham. Raro encontro de almas. Caminham retos e estranhos. Se esqueceram de olhar, olhar nos olhos...mal sabem onde pisam. E vagam por aí, secos, se protegendo da vida com seus gurda-chuvas de aço. Seus olhos já não molham mais. E o mundo a exigir que fechemos as torneiras das casas, é tempo de racionamento de água. Pois que se abram as torneiras dos poros, eu quero chover como chovia antes.

domingo, 5 de julho de 2009

Tenho tentado fazer de dias longos minha vida.
Saudade das cicatrizes.Hoje armadura.Aí me entorpeço um pouco.
Sem cigarro, nem bebida, nem remédio.
Só do mundo que me suga e faz o tempo passar mais rápido.
Sigo tentando fazer de dias longos minha vida.
Fome de paz.